O Estado da Paraíba irá integrar, a partir de maio, a Rede Nacional de Agentes de Política Industrial. Nos dias 10 e 11 próximos, será realizado em João Pessoa o 14º Curso de Formação de Agentes em Política Industrial, iniciativa da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), em parceria com a Comissão Econômica para América Latina e Caribe da ONU (CEPAL), Frente Nacional de Prefeitos, Sebrae, BNDES, Finep, Inmetro e INPI.

Voltado para gestores públicos municipais e estaduais, representantes de instituições comerciais e industriais, empreendedores, universidades, institutos de pesquisa, consultores, entre outros agentes, o Curso visa aproximar as instituições ligadas ao desenvolvimento industrial e à inovação dos agentes que utilizam os instrumentos da Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior (PITCE). Com isso, será criada maior interação e sinergia entre as instituições relacionadas ao desenvolvimento local e maximizar os resultados regionais.

O secretário de Turismo e Desenvolvimento Econômico da Paraíba, Roberto Braga, acredita que “o desenvolvimento sustentável só é possível com um programa de desenvolvimento tecnológico, sem o qual o Brasil não cresce”. Dessa forma, “a importância do evento na região reside em fazer com que as empresas privadas e os institutos de pesquisa trabalhem juntos na busca desse maior desenvolvimento tecnológico”, acrescenta.

Para o presidente da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (FIEP), Francisco Gadelha, “a inovação tecnológica é hoje a máquina que impulsiona o desenvolvimento e faz o diferencial a cada momento. A inovação acontece em todo o mundo, em tempo célere, aumentando a competitividade”. Em vista disso, Gadelha defende que “a região nordeste não pode ficar de fora dessa iniciativa, que deve estimular as empresas a utilizar a inovação como forma de gerar empregos e renda, fazendo parte da agenda competitiva nordestina”.

Inovação

De acordo com recente estudo publicado pelo IPEA (Instituto de Pesquisa e Economia Aplicada), as empresas inovadoras pagam salários 23% superiores à média da indústria e geram postos de trabalho de melhor qualidade. A diferença salarial é ainda maior quando a comparação é feita com as empresas que não diferenciam produtos. O estudo indica também que as empresas inovadoras vendem ao exterior 116% a mais e conseguem um preço 30% superior em relação a outros exportadores. Empresas nacionais investem 80,8% mais em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) como proporção do faturamento do que as filiais das multinacionais que operam no País. Menos de 19% das empresas brasileiras utilizaram algum apoio governamental para realizar inovação, enquanto 90% dos gastos em P&D são financiados com recursos próprios.

Para o presidente da ABDI, Alessandro Teixeira, a observação dos números faz com que seja “fundamental levar informações até a ponta, onde efetivamente atuam os agentes que fazem o desenvolvimento acontecer, para que sejam replicadas como conhecimento”.

Fonte: http://www.setde.pb.gov.br